Análise e filtragem de óleo hidráulico

O óleo hidráulico é o transmissor de força em um sistema hidráulico e sua contaminação é a causa de 75% das falhas dos sistemas. Um óleo sujo causa:

  • Perda de pressão
  • Perda de velocidade
  • Redução da precisão
  • Diminuição da vida útil dos componentes
  • Aumento com os gastos de manutenção
  • Perda de produção
  • Paradas indesejadas

E na maioria das vezes esse contaminante não é visível ao olho nu, podendo ser medido apenas em micrometro (µm).

As normas mais aceitas para regular a limpeza deste fluído são as normas ISO 4406 e NAS 1638. Estas normas classificam os níveis de contaminação do óleo de acordo com a quantidade de partículas suspensas presentes em uma amostra de 100 ml.

Para a norma ISO temos a seguinte tabela:

Classe N° de partículas em 100 ml
1 De 1 a 2
2 De 2 a 4
3 De 4 a 8
4 De 8 a 16
5 De 16 a 32
6 De 32 a 64
7 De 64 a 130
8 De 130 a 250
9 De 250 à 500
10 De 500 a 1.000
11 De 1.000 a 2.000
12 De 2.000 a 4.000
13 De 4.000 a 8.000
14 De 8.000 a 16.000
15 De 16.000 a 32.000
16 De 32.000 a 64.000
17 De 64.000 a 130.000
18 De 130.000 a 250.000
19 De 250.000 a 500.000
20 De 500.000 a 1.000.000
21 De 1.000.000 a 2.000.000
22 De 2.000.000 a 4.000.000
23 De 4.000.000 a 8.000.000
24 De 8.000.000 a 16.000.000

 

Para classificar um óleo na norma ISO devemos contar as partículas maiores que 4 µm, 6 µm e 14 µm.

Nesta classificação 19/16/13 temos de 250.000 a 500.000 partículas suspensas maiores que 4 µm, de 32.000 a 64.000 partículas maiores que 6 µm e de 4.000 a 8.000 partículas maiores que 14 µm em 100 ml de óleo.

A norma NAS é bem semelhante à norma ISO, mudando o tamanho das partículas contadas. A tabela a seguir mostra as classificações na norma NAS:

 

Cada componente do equipamento tem uma exigência de qualidade do óleo, assim a qualidade do óleo de seu sistema deve ser escolhida pelo componente com a maior exigência. A tabela a seguir mostra as classificações necessárias para uma boa vida útil e melhor eficiência para cada elemento do sistema hidráulico.

 

Óleos novos não são limpos e são classificados na norma ISO como 21/18/15, portanto dependendo do sistema, há a necessidade de filtrar o óleo novo antes de usá-lo.

Outro tipo de contaminante do fluído hidráulico é a água. A água presente no óleo hidráulico causa:

  • Corrosão das superfícies de metal
  • Desgaste acelerado
  • Variação nas propriedades do óleo
  • Perda de pressão
  • Perda de precisão

E, assim como o contaminante particulado, a água nem sempre é visível ao olho nu. A quantidade de água aceitável em óleos industriais é de 1.000 ppm (partículas por milhão), ou seja, 1 g de água para cada litro de óleo.

O óleo industrial hidráulico não tem prazo de validade, podendo ser utilizado pelo resto da vida, desde que seja bem cuidado. A troca de óleo só é necessária quando este perde suas propriedades, causado principalmente por altas temperaturas. Portanto, antes de realizar a troca do óleo, solicite nossos testes de contagem de particulados e a medição de água no óleo.

Utilizamos LCM20 que é um contador de partículas a laser portátil de fácil utilização e alta precisão. Pode se realizar os testes com a máquina em funcionamento, com limite de 420 bar e seu procedimento dura cerca de 2 min.

 Os resultados são impressos na hora e podem ser classificados pela norma ISO 4406 ou pela NAS 1638. 

Para a medição de água no óleo utilizamos o DIGI Test Cell que é um kit de teste de água em óleo rápido, confiável e com alta precisão. Este kit realiza a medição da água através de uma reação química de alguns reagentes com uma pequena amostra do óleo utilizado.

Após alguns minutos o monitor digital apresenta os resultados em porcentagem de contaminação, que pode ser convertido para ppm pela tabela a seguir.

Nossos equipamentos nos dão as seguintes vantagens:

  • Resultados rápidos e confiáveis;
  • Verificação de equipamentos em pleno funcionamento (não interfere na produção);
  • Sem necessidade de laboratório;
  • Comprovação da eficiência da filtração.

Para manter a qualidade do óleo adequada para seu equipamento, deve se utilizar filtros de pressão, sucção, retorno ou filtragem off-line, dependendo da exigência do sistema. A troca desses elementos filtrantes deve ser realizada periodicamente. 

Para a adequação de seu óleo, realizamos a filtragem do óleo no local com filtros de 2 µm, 5 µm, 10 µm e filtros retentores de água de acordo com sua necessidade, através de nosso carrinho de filtragem.

O nosso serviço consiste numa medição inicial do particulado e da água presente no óleo, a filtragem, e uma medição final, comparando com os resultados iniciais. Solicite um orçamento.